
Este disco tem uma versão de ‘Unravel’, de Björk e o apressado tema “Ayrton de Senna”. “Pata Lenta”, primeiro tema do disco, começa tímida e sombria, ganhando cor e movimento a cada momento que se segue. Há muito neste disco das ruas portuguesas, da ruralidade, do Portugal profundo. Há sem dúvida uma portugalidade que não pode deixar de se elogiar.
Socorrendo-se de um só instrumento, Norberto Lobo já não precisa de ser alvo de comparação a Carlos Paredes ou ao mestre do ‘fingerpicking’ John Fahey, como aconteceu no seu álbum de estreia “Mudar de Bina”. Desta vez, temas como os já referidos anteriormente, “Vento em Polpa” ou “Sra do Monte” falam por si. Para além da admirável técnica sobre a guitarra clássica, a sua preocupação é a melodia, que é única e integralmente sua.
Tranquilizem-se com “Pata Lenta”, segundo álbum de Norberto Lobo, que se encontra esta semana em Cotação em Alta no Produto Interno Bruto.
Priscila Andrade, 2010-25-01, 18:00h